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Por: Antonio Moacir Rodrigues Nogueira | Postado em: 22/12/2014

Imagens de satélite indiano são distribuídas gratuitamente


Imagens coletadas pelo satélite indiano Resourcesat-2 já são distribuídas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz a sua recepção e o seu processamento. Sem qualquer custo as imagens já estão disponíveis para toda a comunidade no catálogo online da instituição (www.dgi.inpe.br/CDSR).

Os dados brutos do satélite, que foi lançado em abril de 2011, são recebidos na Estação de Recepção e Gravação do Inpe em Cuiabá (MT).

Desenvolvido pela Índia, o Resourcesat-2 tem três câmeras imageadoras: LISS-3, LISS-4 e AWiFS. Serão distribuídos no Brasil os dados AWiFS, que apresentam resolução espacial de 56 metros, e LISS-3, com resolução espacial de 23,5 metros.

Imagens do AWiFS são usadas para aprimorar o Deter, sistema do Inpe que orienta a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Amazônia. O Deter B, que opera com imagens da classe do sensor indiano, é capaz de apontar desmatamentos a partir de 6,25 hectares, enquanto o atual sistema identifica áreas de, no mínimo, 25 hectares.

Acervo – Além dos satélites Resourcesat-1 e 2, o catálogo do Inpe mantém imagens dos satélites sino-brasileiros da série Cbers e do programa norte-americano Landsat. O Brasil tem um dos acervos de imagens orbitais mais completos do mundo, com registros desde 1973, logo após o lançamento do primeiro satélite de observação da Terra, o Landsat-1.

A política de acesso livre aos dados de satélites, iniciativa pioneira do Inpe, tem contribuído para a popularização do sensoriamento remoto e crescimento do mercado de geoinformação nacional. Imagens orbitais se traduzem em informações essenciais para formulação de políticas públicas em áreas como monitoramento ambiental, desenvolvimento agrícola, planejamento urbano e gerenciamento hídrico.

As imagens disponíveis no catálogo são fornecidas gratuitamente para qualquer usuário do mundo. Como o Brasil, os países da América do Sul que estão na abrangência das antenas de recepção de Cuiabá (MT) são os mais beneficiados por esta política.

Fonte: Inpe